Antes que alguém pense: "Mas o cara ouve vinis há 3 anos e quer escrever sobre toca-discos!", vamos esclarecer.
Ouço vinil desde que me conheço por gente, e nisso já se passaram algumas boas décadas.
Não tínhamos um sistema de som bacana em casa e quando fui descobrindo o quanto gostava de música, meus principais companheiros eram um toca-fitas National e um vitrola Philips 610 (que aliás ainda vou comprar uma igual).
Depois de alguns "três em um" e systems Sony LBT, inclusive um deles com cápsula MM, já adulto e pai finalmente tive um Gradiente D35.
E foi ele que me acompanhou por muitos anos.
Depois de uma boa revisão na extinta Gradiente da Santa Efigênia (região central de São Paulo), incluindo lubrificação e ajuste dos mecanismos do automático, também ganhou uma cápsula Audio Technica AT91.
O D35 é um toca-discos Direct Drive, que possui controle de velocidade por quartz, pitch, 45 e 33 1/3 RPM e possibilidade de acionamento totalmente automático. Sua estabilidade de velocidade é bem razoável e para sistemas de entrada, pode prestar bons serviços por um bom tempo.
Mas ele tem pontos fracos, e o principal deles é o braço. Apesar de seu plinth não ser de madeira nem metal, é na limitação do braço que qualquer pretensão hifi desaparece.
Mesmo com essas limitações, foi com ele que ouvi meus discos por MUITOS anos. Mesmo durante o tempo que praticamente não comprava mais discos, ele estava lá, esperando o momento de entrar em cena.
THORENS TD 190-2
No início de 2013 mudei de residência e foi aí que a história começou a tomar outro rumo.
Com a evolução do sistema, que incluiu a troca das caixas, cabos, um excelente receiver e CD Player, ficou nítido que o elo mais fraco do sistema era o toca-discos e resolvi investir num toca-discos novo.
Na época o mercado de novos não estava tão aquecido como hoje e haviam opções como Marantz, Rega, Stanton, Audio Technica e é claro, nos usados os Technics estavam disponíveis por valores ainda aceitáveis.
Mas na época não queria um toca-discos com "cara de DJ" e me aventurei a importar um Thorens TD 190-2 alemão.
Passada a novela da importação independente, com direito a impostos que fizeram o toca-discos custar 2 vezes seu valor original, recebi o equipamento em casa.
O Thorens TD 190-2 é um toca-discos Belt-Drive, totalmente automático. Sua base é de madeira e a parte "móvel" de alumínio e plástico injetado, com amortecedores de borracha. Possui um belo prato de alumínio e o que mais me agradou nesse projeto foi seu braço.
A cápsula que veio montada é a Ortofon OM10, a qual praticamente não utilizei, pois havia comprado uma excelente 2M Blue.
Primeiro contato:
O abismo existente entre o que ouvia com o D35 + AT91 e o que foi aquela primeira audição do Thorens com a Ortofon 2M Blue é algo difícil de colocar em palavras. Posso afirmar que nunca tinha ouvido meus discos como ouvi com essa dupla.
As nuances da música, o peso dos graves, a imagem stereo e os detalhes até então desconhecidos, saltavam aos ouvidos.
Segunda impressão:
Passado esse encantamento inicial, com o decorrer dos meses, concluí que apesar dessa dupla funcionar bem, alguns pontos delicados começavam a incomodar:
Segunda impressão:
Passado esse encantamento inicial, com o decorrer dos meses, concluí que apesar dessa dupla funcionar bem, alguns pontos delicados começavam a incomodar:
Em volume médio/alto, naqueles discos mais extensos, é possível ouvir nas caixas o mecanismo automático prestes a ser acionado. Em contrapartida, em audições noturnas, com volumes bem baixos, era possível ouvir esse ruído vindo diretamente do toca-discos.
Sua estrutura passa impressão de certa fragilidade.
É ótimo o fato de toda estrutura ser de madeira, mas poderia ser mais espessa e reforçada, Isso ajudaria também a diminuir a influência de ruídos e vibrações externas.
Seus pés são de borracha maleável, mas não possuem possibilidade de ajuste. Poderiam ter adotado uma solução que ajudasse a dissipar vibração, sejam elas externas ou provenientes de seu funcionamento.
Passado alguns meses, esses pontos me levaram a cogitar uma troca.
É ótimo o fato de toda estrutura ser de madeira, mas poderia ser mais espessa e reforçada, Isso ajudaria também a diminuir a influência de ruídos e vibrações externas.
Seus pés são de borracha maleável, mas não possuem possibilidade de ajuste. Poderiam ter adotado uma solução que ajudasse a dissipar vibração, sejam elas externas ou provenientes de seu funcionamento.
Passado alguns meses, esses pontos me levaram a cogitar uma troca.
AUDIO TECHNICA AT LP 1240
A experiência com o Thorens estava sendo ótima, mas devido às citadas características do projeto, sentia que poderia extrair mais dos LPs.
O Audio Technica AT LP240, que no início de 2013 havia feito parte da minha lista de opções, voltou à lista. Nesse meio tempo, o AT LP1240 foi lançado.
Utilizando basicamente a mesma plataforma do 240, o novo modelo ganhou controles para uso profissional.
Continuava torcendo um pouco o nariz para o visual, mas pesquisei muito e encontrei alguns reviews e comentários positivos.
Dividindo a ideia com alguns amigos e conhecidos, as opiniões eram divergentes. Cheguei a ouvir: "você vai trocar um Thorens feito na Alemanha, por um Audio Technica??".
Sim... troquei.
Continuava torcendo um pouco o nariz para o visual, mas pesquisei muito e encontrei alguns reviews e comentários positivos.
Dividindo a ideia com alguns amigos e conhecidos, as opiniões eram divergentes. Cheguei a ouvir: "você vai trocar um Thorens feito na Alemanha, por um Audio Technica??".
Sim... troquei.
Fechei a compra do 1240 e na virada de 2013 para 2014 recebi o equipamento.
Definitivamente as fotos não fazem jus ao quão bonito é esse toca-discos.
O contraste da base emborrachada com o acabamento black piano e o prato de alumínio que fica suspenso sobre a base e o eixo do motor, foram opções muito acertadas da Audio Technica na hora de customizar esse projeto Hanpin.
É bonito, ok. Mas na prática o visual pouco importa...
O equipamento é pesado. São 12,5Kg.
Têm pés ajustáveis e com ventosas, que o deixa perfeitamente alinhado e "pregado" ao rack. Possui braço em "S" com ajuste de VTA, VTF e Antiskating, que funciona bem e todos os cabos são destacáveis. Sua velocidade é estável e para um Direct-Drive a princípio sem pretensões audiófilas, tem um silencio de fundo que me cativou desde a primeira audição. Em meu sistema, somente com volumes elevados nos espaços entre as faixas, era possível ouvir algum ruído proveniente do motor.
Têm pés ajustáveis e com ventosas, que o deixa perfeitamente alinhado e "pregado" ao rack. Possui braço em "S" com ajuste de VTA, VTF e Antiskating, que funciona bem e todos os cabos são destacáveis. Sua velocidade é estável e para um Direct-Drive a princípio sem pretensões audiófilas, tem um silencio de fundo que me cativou desde a primeira audição. Em meu sistema, somente com volumes elevados nos espaços entre as faixas, era possível ouvir algum ruído proveniente do motor.
Com ele, além de testar uma série de cápsulas diferentes, tive as seguintes cápsulas fixas:
Ortofon 2M Blue, que após um acidente e sua morte prematura, foi substituída pela Audio Technica AT 440MLa.
Ortofon 2M Blue, que após um acidente e sua morte prematura, foi substituída pela Audio Technica AT 440MLa.
Posteriormente parti para a AT 150MLx e mais recentemente foi a Ortofon 2M Black que entrou para o time.
O conjunto Audio Technica AT1240 + AT150MLx pode ser tranquilamente o conjunto definitivo para muitos usuários. A precisão dessa cápsula, somado a boa construção do toca-discos, torna esse conjunto uma poderosa fonte de entretenimento. É fácil "perder" a conta das horas ouvindo LPs.
Mas, quem além de gostar de música, também gosta e se interessa por equipamentos, sabe que algo sempre pode ser melhorado e às vezes é fácil se perder nessa busca interminável por ganhos, cada vez mais caros.
PIONEER PLX-1000
Em 2014 foi lançado no mercado o Pioneer PLX-1000.
Se tratava de mais uma plataforma OEM Superturntable, customizado por uma grande marca. Seu lançamento causou certa agitação no exterior, pois visualmente, lembrava muito o Technics SL 1200 MK2 e naquele momento a Panasonic não demonstrava qualquer sinal de que relançaria seu icõnico modelo.
Quando pesquisei informações sobre o modelo, vi que muitas especificações eram idênticas às do AT 1240, o que não me animou numa possível compra, dado o valor elevado desse lançamento.
Passado mais de um ano, em meados de 2015, fortaleci a ideia de trocar (novamente) o toca-discos.
Pesquisei muito sobre modelos da austríaca Pro-Ject e alguns modelos da VPI. Enquanto isso, voltei a buscar informações sobre o Pioneer.
As opiniões, assim como sobre o Audio Technica, eram muito divergentes. Em alguns reviews de publicações internacionais, sua performance era comparada a de modelos que custavam até 3 vezes seu valor.
Com o dólar na casa dos 4 reais, minhas principais escolhas tornaram-se proibitivas para o momento.
No final das contas, considerei a confiança que adquiri no Audio Technica e mirei em possíveis benefícios.
O Pioneer PLX-1000 é pouca coisa mais pesado que o AT, 13,1Kg vs 12,5Kg do Audio Technica.
Visualmente é mais discreto e ao invés do black piano, toda sua parte superior e alguns controles são de metal escovado. Segundo o manual, a base é de Alumínio Fundido de 332mm.
Principais diferenças: AT vs PLX:
- Braço
O modelo que equipa o AT, é o mesmo do Stanton ST150, Onkyo CP-1050 e alguns modelos Reloop, entre outros. No Pioneer, não localizei relação em outros projetos e aparentemente é uma cópia do braço que equipa o MK2. Se isso é bom ou ruim, com o tempo terei alguma resposta.
(Volto nesse ponto mais a frente)
- Prato:
Possui base mais alta, pois ele se encaixa "dentro" da base. No Audio Technica o prato fica completamente suspenso.
- Controles:
Somente Start/Stop, 45/33rpm, Pitch, Pitch Reset e Tempo no Pioneer. No AT são dois botões Start/Stop, 33/45rpm, Pitch, Pitch Quartz, Reverse, +/- 50, além de controles de torque para início e parada do prato.
- Acessórios:
As principais diferenças para o AT, são o Mat de Borracha e os pesos extra para o Braço e para o Headshell. Ambos faltantes no AT.
- Pré de Phono:
O AT possui um pré de phono embutido com saída USB assíncrona. Em minha opinião desnecessário. O Pioneer não possui.
Qualidade sonora:
Infelizmente não tive como fazer um AxB. Mas as impressões foram de que o Pioneer toca com maior espacialidade. Visualmente seu prato também aparenta maior estabilidade de velocidade.
Seu contra-peso extra, possibilita a utilização de cápsulas e headshell com maior peso.
Seu isolamento à vibrações externas também é melhor. Mesmo batendo levemente em seu plinth, a interferência na reprodução é mínima.
A essa altura, parecia tudo realmente perfeito e que resultaria num upgrade real, mesmo se tratando de projetos similares.
Mas...
O Braço:
Como dito mais acima, o braço parece uma cópia do braço que equipa sua inspiração, o Technics SL 1200.
Enquanto a parte interna (base inferior) do Audio Technica É uma cópia do SL, no PLX externamente isso também se repete.
Um ponto positivo é o fato do funcionamento do antiskating e do lift serem perfeitos,
Mas o ajuste dos rolamentos (vertical e horizontal), passou batido pelo controle de qualidade da Hanpin ou da Pioneer.
Existe um jogo para todos os sentidos. Não precisa força. Basta movimentar o braço para cima e para baixo, ou para os lados que o jogo é percebido e ouvido.
Achei que isso poderia ser característica do projeto e fui pesquisar na internet.
Pois bem.
Basta utilizar as palavras certas na pesquisa, que é possível encontrar um sem fim de relatos sobre esse problema.
Existe uma série de tópicos de discussão citando esse assunto e o mais complicado é que não se encontra informações sobre quais séries foram afetadas com essa questão. Isso impossibilita uma troca segura.
Salvo informações contrárias, que mencionam isso como característica do projeto, em 95% dos relatos, esse fato é apontado como defeito e problema no controle de qualidade.
Muitos receberam o toca-discos com o braço em perfeito estado, mas quem não teve essa "sorte", padece sem conseguir solução para o problema, pois os parafusos que supostamente permitiriam esse ajuste fino, simplesmente não se movem.
Isso me incomodou muito.
O equipamento é novo e foi caro. Entregá-lo a um técnico para possível ajuste, foi uma ideia que me desagradou deveras.
Trocar também pareceu algo delicado, pois a não ser que a compra tivesse sido em loja física, onde poderia testar outro equipamento, como comprei diretamente via importador, não haveria qualquer garantia de que o próximo viria perfeito.
E com três semanas de uso, o Pioneer foi embora.
A sensação é um misto de alívio e frustração.
Alívio por conseguir desfazer o negócio, sem quase nenhuma perda financeira. E frustração por um equipamento excepcional ter deixado o lugar vago em meu sistema.
Conclusão:
Considerando os equipamentos que passaram por aqui nos últimos anos, falando sobre as opções de toca-discos novos e Direct-Drive, o Audio Technica AT LP1240, é, sem a menor sombra de dúvida, um dos melhores custo x benefício do mercado.
É um equipamento confiável, estável, com boa estrutura física, um bom braço, e que, em meu caso, em dois anos de utilização, NUNCA apresentou qualquer tipo de problema, mal funcionamento ou ponto que poderia ser citado como negativo.
O Pioneer PLX-1000 poderia ser um ótimo substituto. Aliás, acho que em muitos casos, para quem se aventurar nesse modelo e recebe-lo sem qualquer problema no braço, pode ser um toca-discos para fazer parte do sistema por muitos e muitos anos.
Sua estrutura consegue ser melhor que a do AT, seu isolamento é superior, o acabamento e o pacote de acessórios incluídos é mais completo e acredito que o braço estando sem folgas, pelo próprio projeto, também estaria em patamar pouca coisa acima do 1240.
Mas... No meu caso e de muitos usuários ao redor do mundo, houve esse contratempo.
Por aqui... Momento de pausa e reflexão para a próxima jogada.
Os vinis aguardam ansiosamente para saírem do rack...
Mas, quem além de gostar de música, também gosta e se interessa por equipamentos, sabe que algo sempre pode ser melhorado e às vezes é fácil se perder nessa busca interminável por ganhos, cada vez mais caros.
PIONEER PLX-1000
Em 2014 foi lançado no mercado o Pioneer PLX-1000.
Se tratava de mais uma plataforma OEM Superturntable, customizado por uma grande marca. Seu lançamento causou certa agitação no exterior, pois visualmente, lembrava muito o Technics SL 1200 MK2 e naquele momento a Panasonic não demonstrava qualquer sinal de que relançaria seu icõnico modelo.
Quando pesquisei informações sobre o modelo, vi que muitas especificações eram idênticas às do AT 1240, o que não me animou numa possível compra, dado o valor elevado desse lançamento.
Passado mais de um ano, em meados de 2015, fortaleci a ideia de trocar (novamente) o toca-discos.
Pesquisei muito sobre modelos da austríaca Pro-Ject e alguns modelos da VPI. Enquanto isso, voltei a buscar informações sobre o Pioneer.
As opiniões, assim como sobre o Audio Technica, eram muito divergentes. Em alguns reviews de publicações internacionais, sua performance era comparada a de modelos que custavam até 3 vezes seu valor.
Com o dólar na casa dos 4 reais, minhas principais escolhas tornaram-se proibitivas para o momento.
No final das contas, considerei a confiança que adquiri no Audio Technica e mirei em possíveis benefícios.
O Pioneer PLX-1000 é pouca coisa mais pesado que o AT, 13,1Kg vs 12,5Kg do Audio Technica.
Visualmente é mais discreto e ao invés do black piano, toda sua parte superior e alguns controles são de metal escovado. Segundo o manual, a base é de Alumínio Fundido de 332mm.
Principais diferenças: AT vs PLX:
- Braço
O modelo que equipa o AT, é o mesmo do Stanton ST150, Onkyo CP-1050 e alguns modelos Reloop, entre outros. No Pioneer, não localizei relação em outros projetos e aparentemente é uma cópia do braço que equipa o MK2. Se isso é bom ou ruim, com o tempo terei alguma resposta.
(Volto nesse ponto mais a frente)
- Prato:
Possui base mais alta, pois ele se encaixa "dentro" da base. No Audio Technica o prato fica completamente suspenso.
- Controles:
Somente Start/Stop, 45/33rpm, Pitch, Pitch Reset e Tempo no Pioneer. No AT são dois botões Start/Stop, 33/45rpm, Pitch, Pitch Quartz, Reverse, +/- 50, além de controles de torque para início e parada do prato.
- Acessórios:
As principais diferenças para o AT, são o Mat de Borracha e os pesos extra para o Braço e para o Headshell. Ambos faltantes no AT.
- Pré de Phono:
O AT possui um pré de phono embutido com saída USB assíncrona. Em minha opinião desnecessário. O Pioneer não possui.
Qualidade sonora:
Infelizmente não tive como fazer um AxB. Mas as impressões foram de que o Pioneer toca com maior espacialidade. Visualmente seu prato também aparenta maior estabilidade de velocidade.
Seu contra-peso extra, possibilita a utilização de cápsulas e headshell com maior peso.
Seu isolamento à vibrações externas também é melhor. Mesmo batendo levemente em seu plinth, a interferência na reprodução é mínima.
A essa altura, parecia tudo realmente perfeito e que resultaria num upgrade real, mesmo se tratando de projetos similares.
Mas...
O Braço:
Como dito mais acima, o braço parece uma cópia do braço que equipa sua inspiração, o Technics SL 1200.
Enquanto a parte interna (base inferior) do Audio Technica É uma cópia do SL, no PLX externamente isso também se repete.
Um ponto positivo é o fato do funcionamento do antiskating e do lift serem perfeitos,
Mas o ajuste dos rolamentos (vertical e horizontal), passou batido pelo controle de qualidade da Hanpin ou da Pioneer.
Existe um jogo para todos os sentidos. Não precisa força. Basta movimentar o braço para cima e para baixo, ou para os lados que o jogo é percebido e ouvido.
Achei que isso poderia ser característica do projeto e fui pesquisar na internet.
Pois bem.
Basta utilizar as palavras certas na pesquisa, que é possível encontrar um sem fim de relatos sobre esse problema.
Existe uma série de tópicos de discussão citando esse assunto e o mais complicado é que não se encontra informações sobre quais séries foram afetadas com essa questão. Isso impossibilita uma troca segura.
Salvo informações contrárias, que mencionam isso como característica do projeto, em 95% dos relatos, esse fato é apontado como defeito e problema no controle de qualidade.
Muitos receberam o toca-discos com o braço em perfeito estado, mas quem não teve essa "sorte", padece sem conseguir solução para o problema, pois os parafusos que supostamente permitiriam esse ajuste fino, simplesmente não se movem.
Isso me incomodou muito.
O equipamento é novo e foi caro. Entregá-lo a um técnico para possível ajuste, foi uma ideia que me desagradou deveras.
Trocar também pareceu algo delicado, pois a não ser que a compra tivesse sido em loja física, onde poderia testar outro equipamento, como comprei diretamente via importador, não haveria qualquer garantia de que o próximo viria perfeito.
E com três semanas de uso, o Pioneer foi embora.
A sensação é um misto de alívio e frustração.
Alívio por conseguir desfazer o negócio, sem quase nenhuma perda financeira. E frustração por um equipamento excepcional ter deixado o lugar vago em meu sistema.
Conclusão:
Considerando os equipamentos que passaram por aqui nos últimos anos, falando sobre as opções de toca-discos novos e Direct-Drive, o Audio Technica AT LP1240, é, sem a menor sombra de dúvida, um dos melhores custo x benefício do mercado.
É um equipamento confiável, estável, com boa estrutura física, um bom braço, e que, em meu caso, em dois anos de utilização, NUNCA apresentou qualquer tipo de problema, mal funcionamento ou ponto que poderia ser citado como negativo.
O Pioneer PLX-1000 poderia ser um ótimo substituto. Aliás, acho que em muitos casos, para quem se aventurar nesse modelo e recebe-lo sem qualquer problema no braço, pode ser um toca-discos para fazer parte do sistema por muitos e muitos anos.
Sua estrutura consegue ser melhor que a do AT, seu isolamento é superior, o acabamento e o pacote de acessórios incluídos é mais completo e acredito que o braço estando sem folgas, pelo próprio projeto, também estaria em patamar pouca coisa acima do 1240.
Mas... No meu caso e de muitos usuários ao redor do mundo, houve esse contratempo.
Por aqui... Momento de pausa e reflexão para a próxima jogada.
Os vinis aguardam ansiosamente para saírem do rack...
Todo o conteúdo © 2016 Wilton B. Junior - Direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização.
_________________________________________________________________________
WILTON é casado com Tatiana e pai de Carolina e do cão Floyd.
Divide seu tempo livre entre a família, seus discos de vinil e seu violão.
Escrever é um de seus hobbies. Mas junto com a música, sem dúvida essa é uma das maneiras mais sinceras de dividir com o mundo, o mundo que o habita.
QUE PENA AMIGO, PENSO A FRUSTAÇÃO QUE VC TEVE, JÁ TIVE ALGUMAS TAMBÉM, NÃO SERIA O CASO DE VC VOLTAR PARA OS VINTAGES? UM TECHNICS SP ANTIGO DIFICILMENTE DÁ PROBLEMAS; PENSEI NISSO. ABRAÇO
ResponderExcluirObrigado pela leitura e pelo comentário Alessandro.
ExcluirJá cogitei equipamentos vintage. Mas toca-discos de alta performance, mesmo vintage também são caros.
Mas não descarto nada não.
Vamos ver as cenas dos próximos capítulos.
Pôxa Wilton, não sabia que o Pioneer que você comprou tinha apresentado esses problemas de fabricação. Uma pena! Tenho lido que a Audio Technica também tem vacilado no controle de qualidade dos toca-discos fabricados recentemente, como o AT-LP120, queridinho por muitos (li relatos de má construção e até o prato tá vindo empenado e com rotação instável). Eu ainda tenho muita vontade de ter um AT1240 ou uma Technics MKII, mas confesso que do jeito que estão as coisas, prefiro investir num TD novo do que num vintage sem saber o que fizeram por dentro dele. Por enquanto, estou me contentando com meu Gradiente DD1 com uma ATN95E, apesar do TD ser bem temperamental. Mas sei que um upgrade futuro vai dar bastante diferença, mas vou devagar. Parabéns pelo texto, vou acompanhar o blog! Abraço!
ResponderExcluirMuito obrigado pela leitura Fábio!
ResponderExcluirO problema é exatamente esse: "Controle de Qualidade".
Pois com certeza vários fabricantes atuam em diferentes partes desses equipamentos.
Então a falha está não somente em quem fabrica a peça, afinal o braço bem "montado", como na última etapa que é a montagem do toca-discos propriamente dito.
E pelo visto não dão muita atenção pra isso.
Aqui no Brasil não sei como será, e, mesmo se outros usuários vão relatar esse problema. Mas lá fora a coisa está sendo muito mais complicada. Com número grande de devoluções.
Em relação ao Audio Technica, sobre seu funcionamento não tenho nada que possa citar de negativo. Só penso que poderiam substituir alguns controles de plástico, também por metal, como no Pioneer. Fora isso, recomendo fortemente.
Grande abç
Caro Wilton, espero que já tenha adquirido um novo toca discos para tocar os seus LPs. Belo artigo, muito obrigado pelas dicas, estava no dilema de qual toca discos adquirir AudioTechica 1240 X Pioneer PLX 1000 e já decidi pelo Audio, também já tinha visto os comentários desfavoráveis citados por vc sobre o Pioneer, mas o seu artigo foi fator decisivo para a minha decisão. Abraço.
ResponderExcluirEstou neste dilema tbm, sou Dj e sempre usei a Technics mk2, mas a muito tempo troquei os vinis pelos cdjs! Agora pretendo voltar e estou de olho nesses novos toca discos, o audio technica me pegou pelo design muito bonito, os cantos arredondados deixa o aparelho muito bonito. Já o Pioneer e a cópia do mk2, e é mais marca, ja que me falaram que compensaria mais um Pionner para uma possível venda mais para frente, mas no meu caso não será assim, quero um toca-discos para ficar com ele por um bom tempo, tanto para tocar meus antigos vinis em casa como os novos que irei adquirir para tocar tbm em eventos. Vc mencionou que o isolamento acústico do Pioneer é superior, isso já é um ponto que tenho que observar, já que irei usar tbm o equipamento em locais com som muito alto, principalmente nos graves e baixos que causam uma ressonância infernal! Queria saber se o AT aguenta o tranco, vc ja chegou a testar em uma altura considerável? Estou pendendo pelo AT pelo custo benefício, comprando fora já vi ele a 450 dólares! Muito barato! Agradeço desde já. Abraço e parabéns pelo ótimo review.
ResponderExcluirMuito show o review man. foi decisivo pra minha escolha entre a plx ou AT.
ResponderExcluirQue bom que a leitura ajudou na escolha.
ExcluirSem dúvida, são 2 ótimos toca-discos. E se não fosse esse contra-tempo, estaria com o Pioneer no rack até hoje.
Quem sabe não aparece outro por aqui...
Abraço
Olá, você disse que comprou o plx 1000 com um importador. Você poderia mencionar o nome do importador? Abraço.
ResponderExcluirPoderia dar detalhes do seu "sistema", qu a l receiver, caixas, etc?...
ResponderExcluirTenho um technics, sl 1700mk2, restaurado e reestilizado, com anel de led no prato e led novo na luz da torre!
ResponderExcluirFicou muito linda!
Tenho também a pioneer plx 1000!
Mas só uso em casa agora, no meu estúdio!
Não vivo mais como dj! Mudei de profissão, dormir cedo faz bem pra saúde!
Quanto a usar uma toca discos profissionalmente, o melhor é testar no p.a, pois dentro de casa, mesmo com som potente, não é a realidade do p.a profissional!
Ali o peso e a pressão, são absurdas!
Não é qualquer pick-up que aguenta!
Tive experiência com todo tipo de eventos: discoteca, bailes em salões, galpões e ginásios, danceterias,clubes etc.
Fora, muitos shows de rock em clubes da Tijuca no Rj!
Na época, anos 80, as que aguentavam, eram as technics, Toshiba e Samsui!