por Pablo Rezende
Após mais uma birra de Morrissey, Johnny Marr , guitarrista
do The Smiths, diz ao empresário Ken Friedman “É isso, Ken. A banda acabou”.
Com essas palavras ele deixou claro que não estava mais
interessado em dar continuidade ao grupo. O fim oficial aconteceu algumas
semanas depois.
A história do The Smiths já é conhecida do grande público: guitarrista
talentoso e criativo bate à porta de letrista tímido e excêntrico para comporem
canções em formato pop. Após alguns discos de sucesso, a banda chega ao fim.
“The Smiths: A light that never goes out – A
Biografia”, lançada no Brasil em 2013, de autoria de Tony Fletcher, tem como
função detalhar os fatos que fizeram dos Smiths uma das bandas mais importantes
do rock. Eles construíram uma carreira de sucessos originais, encerraram suas
atividades no seu auge e hoje são considerados um dos grupos mais influentes no
cenário pop rock.
No decorrer da leitura percebemos claramente que o controle
criativo/empresarial/orçamentário do The Smiths era formado por Marr/Morrissey.
Andy Rourke e Mike Joyce são apenas coadjuvantes.
O sucesso chega rápido, mas as primeiras tensões surgem logo após as primeiras
decisões contratuais. No decorrer dos anos essas questões vão ficando cada vez mais
mal administradas pela banda, ou melhor, por Johnny Marr e Morrissey, gerando
enorme pressão, estafa e conflitos de convívio. Tudo isso somado ao
comportamento excêntrico de Morrissey, levam o guitarrista a tomar a decisão de
sair da banda.
Vale a pena?
Se você não é adepto de leitura, a obra exigirá da sua
vontade. Ela é constituída de 629 páginas e as coisas só começam a esquentar lá
pela número 280, quando surgem Morrissey e Marr, ainda como adolescentes fãs de
rock e música pop. A primeira metade do livro, em sua maioria, apresenta um
contexto histórico e social de Manchester - cidade natal do grupo – e também
mostra a história das famílias dos principais compositores da banda.
O livro fornece muita informação para que possamos
compreender a banda de forma mais profunda. No entanto, em minha opinião, 629
páginas é um exagero. Todo o contexto histórico/social, que ocupa a primeira
metade da obra, poderia ter sido apresentado em 50, 60 páginas.
O texto teria
ficado mais dinâmico sem deixar fatos importantes de fora.
Bom saber que um terço do livro é encheção de linguiça...eu até compraria este, mas já sabendo como se desenrola a coisa, prefiro não. Deveriam se preocupar menos com o contexto familiar e social de Manchester e realmente contar curiosidades e a carreira da banda em si...bem, valeu muito o post. Abs!
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